Sábado é o dia oficial do passeio. Não temos o costume de sair de noite, pois qualquer saída significa gasto de dinheiro. Como não estamos (ainda) podendo, o negócio é bater perna mesmo. Mas temos saúde, somos jovens e estamos dispostos. Portanto, saímos logo após o almoço de casa. Não viramos à direita para pegar a Princesa. Ao invés disso, viramos à esquerda e fomos pelo mesmo caminho que fiz rumo à Biblioteca (ver 2 posts atrás). Quando fui mostrar a igreja que descobri por ali, no meio de uma praça, nos deparamos com um casamento.
De lá, fomos ao Palácio da Música Catalã. A Mi também ficou embasbacada com o lugar. Descemos uma viela, viramos à esquerda e entramos na Biblioteca. Ouvi quando a Mi sentenciou: "Que bom, agora você achou seu lugar em Barcelona. Aqui tem a sua cara. Quando você sumir, sei onde lhe procurar." É verdade.
De lá, e logo ao lado, fomos ao Mercado Santa Caterina, onde, além das barracas de frutas, legumes, carnes, queijos, comida pronta e flores em geral, encontra-se um museu de escavações de muralhas romanas. Mais uma vez, a Mi ficou animada. Nem tanto com a muralha datada do ano 10 dc, e sim com a incrível seleção de tomates que encontramos em uma das tendas. Tinha tomate de tudo quanto é tipo e para todos os gostos. Minha sogrinha iria se contorcer de emoção, tenho certeza. Ao lado, no mesmo stand, frutas variadas e coloridas. Inclusive todos os tipos de berrys (morango, franboesa, mirtilo, amora) e cerejas vermelhas e brilhantes. Vou me acabar nas cerejas este ano. Ao sairmos do mercado, saquei uma foto da construção.
De lá, subimos para algumas barraquinhas de madeira com artistas da região. Depois almoçamos. Sim, no McDonalds, claro. Após o lanche e com nossa energia renovada, fomos para a Rambla principal. Subimos em direção à Praça Catalunha, e entramos na Fnac. Lá, retiramos os ingressos que compramos online para um evento sobre o qual falarei apenas no post de, provavelmente, quinta-feira próxima. Portanto, aguardem. Será imperdível!
Depois disso tudo, e cansados, resolvemos voltar para casa. Mas o caminho nos reservava mais algumas surpresas. Fomos por uma ruela que eu sabia ser muito importante, particularmente. Nesta rua antiga, encontramos o restaurante Els 4 Gats. Simplesmente o restaurante preferido de Picasso. Lá ele fez sua primeira exposição (1899), além de frequentar reuniões de intelectuais e artistas do velho mundo. Desde que aqui estamos, eu insistia para visitarmos o local. Mas, por estar bem no meio da Cidade Velha, era difícil achar este lugarzinho aconchegante e elegante. Apenas observei o ambiente interno, e pude perceber que, lá dentro, aparentemente, o tempo parou.
Um grupo político (de esquerda) estava manifestando desagrado em relação à visita do Papa Bento XVI neste domingo, dia 07, que consagraria a Sagrada Família, tornando-se, esta, basílica. Gritando palavras de ordem em catalão, o pequeno grupo marchava alguns metros e parava. Depois, marchava mais um pouco, e parava, e por aí seguia. Placas, bandeiras e cartazes erguidos, folhetos e impressos jogados no chão. Fotografei dois.
Não quero, neste blog, começar um debate religioso. Não pretendo dizer o que eu acho disso tudo, a não ser que alguém me pergunte. De qualquer forma, achei importante registrar, em fotos e vídeo, este momento. Provavelmente, depois de algum tempo, não nos lembraremos do acontecido. Mas esse tipo de evento temporal não deixa de ser interessante, mesmo quando não tomamos partido dos fatos.
Primeiro, acordar cedo num domingo pra ver o Papa passando no Papa-móvel durante uns 3 segundos, e ainda no local onde haveria, segundo informações, uma manifestação (beijaço) de gays e lésbicas, não é um programa que nos deixa super entusiasmados a ponto de encarar tudo isso. Descartamos. Em segundo lugar, aqui em Barcelona, a entrada aos museus (a maioria) é gratuita todo primeiro domingo do mês. E dia 7 seria o primeiro domingo de novembro. Eu e a Mi estávamos doidos para visitar o Museu Picasso, que fica a poucos metros de casa, mas nunca entramos por conta do valor do ingresso. Fora isso, o museu está recebendo uma exposição de Degas, o 'pintor das bailarinas'. Olha o cartaz.
Portanto, decidimos ir ao museu. Deixa o Papa e o beijaço pra lá. Bom, então, fomos naquele instante à recepção do museu, pedir informações sobre abertura e fechamento do local aos domingos. Ouvimos que as portas são abertas às 10h da manhã. Geralmente, forma-se uma fila gigante em frente ao museu, coincidentemente aos domingos, e principalmente quanto este é o primeiro do mês corrente. Por que será? (Em tempo: hoje, domingo, fomos conferir se realmente os turistas prefeririam visitar Picasso ao Papa. E olha a fila.)
Aí, descobrimos uma coisa muito interessante. O preço para entrar no museu Picasso é de 9 euros. Vale. Porém, existe a opção de compra do carné Picasso, que é um cartão que possibilita a entrada para o museu e exposições, durante um ano a partir da compra. E qual o preço do carné? 10 euros. Poxa, pelo custo benefício, já que aqui moramos, resolvemos fazer nosso carné. Assim, podemos ir quando quisermos, passar minutos ou horas lá dentro, vendo pinturas, esculturas e exposições, independente de dia ou hora. Fomos ao guichê, encontramos uma funcionária super simpática e bem humorada (sem ironia), e fizemos nossos carnés. E cada qual é pessoal e intransferível, inclusive com foto do associado. Olha que bonitinho!
Estamos bem, amamos vocês.
Beijos caviáricos
Nando (e Mi, planejando nosso Natal. Aí vem surpresa!)
Cultura .........cultura e mais cultura!!!!
ResponderExcluirTudo isso é muito bom!!!!!
Adorei o passeio!!!
Brigadão!!!!
Beijos e amamos vocês!!!!
amei ver algumas bailarinas de degas.
ResponderExcluiraaaaaa e tambèm náo pegar fila uhuuuuuuuuuuuu
ResponderExcluiradorei paai!! so fiquei com nojo extremo dessa sanduíche seu aí!
ResponderExcluirhahahahhahahah
te amo muitoooooooo!!
bjos
PS: aa e coitado do papa!