quarta-feira, 6 de outubro de 2010

!Que Guapos! (05/10/2010)

Hoje, não tenho muito o que escrever. Justamente por isso vou aproveitar e deixar algumas explicações. Mas primeiro, nosso dia.

Acordamos tarde, porque apesar de termos comprado um alarme, desses de menos de 1 euro, nossa querida Mirelinha não moveu a chavinha 'on-off' do reloginho. Resultado: acordamos tarde. Mas eu amo mesmo assim, viu Mi. Bom. Na maior parte do dia, trabalhamos em nossos currículos. Em português, claro, para que Fernanda pudesse traduzi-los mais tarde. A única coisa diferente aconteceu no jantar. A Fernanda e o Henrique marcaram um jantar com todo o pessoal do trabalho deles. Fomos convidados também, e aceitamos. Não só por gostarmos dos dois, mas porque a reunião foi marcada num lugarzinho que não dá pra explicar muito bem. Fica perto do Raval, antigo bairro da Fernanda. Entra beco, sai beco, novo beco, e lá está o Guixot. São sandubas e crepes deliciosos, sobremesas de dar água na boca, atendimento bem bacana. Nos arrumamos pela primeira vez aqui, com nossas melhores roupas - as menos amarrotadas e sem manchas de tinta branca - e ficamos aguardando na sala. Lauri, nossa companheira de casa colombiana passou pela gente, abriu um sorriso e disse: '!Nossa, que guapos!'. Ficamos felizes, agradecemos e nos apertamos.

Fomos a pé para o lugar. E foi basicamente isso. Tudo muito bom, comida boa, pessoas muito legais, diferentes, enfim. Acho que um típico jantar catalão. Voltmos e dormimos e fim.

Bom, agora, algumas explicações.

Sim, sou corinthiano. Sim, tenho (e uso) a camisa do Palmeiras. Eu sou corinthiano desde que me entendo por gente. Toda minha família é, com exceção do meu pai, que sempre foi Palmeirense. Há alguns anos, quando eu e Mi nos mudamos para São Paulo, alugamos um apartamento perto do Palestra Itália - para quem não conhece, é o clube social do Palmeiras. Ficamos sócios, e muitas lembranças da minha infância apareceram. Quando minha família ia à São Paulo passar o fim de semana, visitando meus avós, quase sempre meu tio nos levava para o Palestra. Quando pequeno eu também era sócio do clube. Nos divertíamos muito lá. Inclusive havia um trampolim na piscina, e meu sonho era pular lá de cima, da plataforma dos 10 metros. Acabei realizando meu sonho em parte. Pulei do trampolim mais baixo, mas pulei. De qualquer forma, a proximidade da nossa casa com o clube fez com que fossemos a um jogo de futebol. Palmeiras e alguém. Acho que era Copa do Brasil, sei lá. Enfim, o Palmeiras ganhou, e no dia seguinte eu estava rouco. Havia gritado mais que muito torcedor da Mancha. Aí que eu me toquei. Eu sou torcedor de futebol. Porque tenho que escolher um lado? Quer dizer, se eu gosto de macarrão, vou ter que comer macarrão o resto da vida? Vou tirar sarro de quem come arroz, por exemplo? Besteira! Por que não torcer para Corinthians e Palmeiras? Então beleza, foi o que fiz. Ia aos jogos do Palmeiras, por ser mais perto de casa, e torcia para o Corinthians pela TV (e duas vezes no Pacaembú, uma com Mi e outra com Bia, minha filha que eu amo). Então, essa é a explicação. Não virei casaca, não mudei de lado nem traí minha bandeira. Simplesmente saí do armário e me assumi: sou torcedor de futebol. Alias, aqui já estou torcendo para o Barça desde criancinha!

A abóbada. Sempre que visitava, no Brasil, nosso futuro endereço através do Google Maps, via uma abóbada.E que diabo de abóbada é essa? Perguntei e ninguém soube me responder. Até a primeira manhã aqui. Acordamos com berros, choros e gritos. A abóbada está localizada no pátio de uma creche. Ao menos parece uma creche. Funciona apenas na parte da manhã, mas o mais bacana é que nos faz lembrar de nossas sobrinhas Kassabinhas, e de nosso afilhadão, Rodrigão... Para quem quer conhecê-los, o blog deles é: http://tdp-trioparadadura.blogspot.com - adoro esse blog! No primeiro dia, vi um rapazinho da idade do Rodrigão, uns 6 meses, que foi colocado dentro de uma cesta de supermercado! E no dia seguinte, eu e Mi ficamos observando 'um capeta em forma de guri', que batia no coleguinha, e rolava sobre ele, e mordia... A Mi até parou de ver, porque a 'tia' não viu nada disso. E todo dia nos levantamos ao som gostoso de um monte de crianças aprontando.

Isso ninguém sabia, mas descobri. Nosso quarto tem a vista de um beco. O beco chama-se Carrer dels Petons. Eu pensei que a tradução seria "Rua dos Peitões", mas o correto é "Rua dos Beijos". Romântico ou não? Quando descobrimos isso, eu e Mi homenagemos nossa vista com um beijinho.

Então é isso. Estamos bem.

Amamos vocês. Venham todos! É só o que nos falta.

Beijos

Nando (e Mi, linda, lendo)

ps.: de lambuja, foto da Mi perto no nosso vizinho, o Arc de Triomf.

2 comentários:

  1. Amei tudo .........e gostei da explicação sobre futebol........mas........timão ê ô timão ê ô...
    beijos e aproveitem

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